A exploração dos Serviços Municipais de Abastecimento de Água e Saneamento aos utilizadores no concelho de Santa Maria da Feira encontra-se concessionada à sociedade Indaqua Feira – Indústria de Águas de Santa Maria da Feira, S.A. (Entidade Gestora).
Parte das águas residuais do município de Santa Maria da Feira são tratadas pelas infraestruturas da AdCL, nomeadamente a estação de tratamento de águas residuais (ETAR) de Cacia, em Aveiro, a ETAR da Remolha e a ETAR de Espinho, através de oito (8) estações elevatórias que elevam o efluente até às duas estações de tratamento.
O esgoto produzido pelos cerca de 45 mil habitantes equivalentes das freguesias da Feira, Travanca, Fornos, Souto, Mosteirô e parte de Escapães, Sanfins e Arrifana é encaminhado, através dos Intercetores de Laje e Cáster e Intercetor Norte, para a ETAR de Cacia, sendo, posteriormente, o efluente final lançado no oceano Atlântico através do Emissário Submarino de S. Jacinto.
Também os sistemas da Remolha, Rio Maior, Silvalde e Beire drenam os seus efluentes para as ETAR da Remolha e de Espinho, também explorados pela AdCL, e servem uma população de cerca de 56 300 habitantes das freguesias localizadas nas respetivas áreas de influência.
As restantes são servidas pela Indaqua Feira (mais informações em: https://cm-feira.pt/web/guest/etar-s)
A Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Cacia recebe e trata os efluentes provenientes dos concelhos de Águeda, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Estarreja, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar e Santa Maria da Feira.
Trata-se de uma obra que teve um investimento total cerca de 12,3 milhões de euros, comparticipados em 85% pelo Fundo de Coesão.
Inaugurada em junho de 2003, a ETAR de Cacia está preparada para receber os efluentes domésticos de 272 mil habitantes-equivalentes e tratar cerca de 48.700 m3/dia de efluentes líquidos.
A solução de tratamento desta ETAR baseia-se num sistema de tratamento secundário, adotando um processo de tratamento biológico com base no sistema de lamas ativadas em regime de arejamento prolongado, com remoção da matéria orgânica. Através de processos físicos e biológicos, são removidos da água os detritos sólidos e a matéria orgânica dissolvida. Posteriormente, os subprodutos orgânicos resultantes do tratamento das águas residuais são sujeitos a tratamento, com vista à redução do seu volume e à produção de biogás.
No final do processo de tratamento, o efluente tratado é devolvido ao meio recetor (Oceano Atlântico), através do Exutor Submarino de S. Jacinto.
A ETAR de Espinho, localizada na freguesia de Paramos, concelho de Espinho, encontra-se em funcionamento desde 1998 e trata as águas residuais do Município de Espinho. Os efluentes tratados a nível secundário são lançados no Oceano Atlântico através de um exutor submarino que se desenvolve perpendicularmente à linha de costa e termina 2 km a oeste do limite da instalação.
A ampliação e remodelação da ETAR de Espinho teve como objetivo preparar a infraestrutura para a receção e tratamento das águas residuais provenientes dos seguintes concelhos:
• Espinho (concelho já abrangido pelo sistema);
• Ovar (freguesias de Cortegaça e Esmoriz);
• Santa Maria da Feira (freguesias da Argoncilhe, Lourosa, Mozelos, Nogueira da Regedoura, Paços de Brandão, Rio Meão, Santa Maria de Lamas, São João de Ver e São Paio de Oleiros).
A ETAR de Espinho recebe e trata perto de 16 mil m3 diários de efluentes de cerca de 115 mil habitantes-equivalentes.
A Estação de Tratamento de Águas Residuais da Remolha, construída pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, começou a ser explorada pela AdCL (ex-Simria) em 2009, tendo sido sujeita a uma reabilitação total, devido à sua desativação durante uma década.
A ETAR da Remolha foi projetada para satisfazer as necessidades de tratamento das águas residuais produzidas nas freguesias de Espargo e Travanca, em parte nas freguesias de Feira e S. João de Ver e no Europarque. A instalação de tratamento foi dimensionada para tratar um caudal de 1.040 m3/ dia, provenientes de 6.500 habitantes-equivalentes.
A solução de tratamento inclui uma fase de pré-tratamento, com gradagem, separação de areias e gorduras, seguindo-se do tratamento biológico por lamas ativadas de baixa carga na variante SBR (Sequencing Batch Reactors), com remoção de matéria orgânica, azoto e fósforo.
Neste momento, a AdCL não tem investimentos em curso no município.