A exploração dos Serviços Municipais de Abastecimento de Água e Saneamento aos utilizadores no concelho de Cantanhede é da responsabilidade da Inova - Empresa de Desenvolvimento Económico Social Cantanhede, EM – S.A..
Parte das águas residuais do município de Cantanhede é encaminhado e tratado na estação de tratamento de águas residuais (ETAR) de Ílhavo, através de seis (6) estações elevatórias que elevam o efluente até à estação de tratamento.
A Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Ílhavo recebe e trata os efluentes provenientes dos concelhos de Aveiro (parte), Cantanhede, Ílhavo, Mira e Vagos.
Trata-se de uma obra que teve um investimento total cerca de 12,2 milhões de euros, comparticipados em 85% pelo Fundo de Coesão.
Inaugurada em junho de 2002, a ETAR de Ílhavo está preparada para receber os efluentes domésticos de 159 mil habitantes-equivalentes e tratar cerca de 39.278 m3/ dia de efluentes líquidos.
A solução de tratamento desta ETAR baseia-se num sistema de tratamento secundário, adotando um processo de tratamento biológico com base no sistema de lamas ativadas em regime de arejamento prolongado, com remoção da matéria orgânica. Através de processos físicos e biológicos, são removidos da água os detritos sólidos e a matéria orgânica dissolvida.
Posteriormente, os subprodutos orgânicos resultantes do tratamento das águas residuais são sujeitos a tratamento, com vista à redução do seu volume e à produção de biogás.
No final do processo de tratamento, o efluente tratado é devolvido ao meio recetor (Oceano Atlântico), através do Exutor Submarino de S. Jacinto.
A AdCL tem em curso o concurso de conceção/construção da estação de tratamento de águas residuais (ETAR) nas Cochadas, Cantanhede. O investimento total que ronda, agora, os 12,7 milhões de euros vai permitir resolver o problema de saneamento nos concelhos de Mira e Cantanhede.
A futura ETAR irá tratar todo o efluente proveniente do município de Cantanhede, enquanto que as águas residuais afluentes do município de Mira serão encaminhadas para a ETAR de Ílhavo.
Prevê-se que a futura estação de tratamento de águas residuais seja dotada de um tratamento terciário por lamas ativadas em regime de arejamento prolongado com remoção de nutrientes.
Este nível de tratamento é o adequado para as denominadas zonas sensíveis, de acordo com o Diretiva das águas residuais urbanas, transposta pelo Decreto-Lei n.º 152/97, de 19 de junho.
Embora a massa de água da Vala da Veia Real não esteja classificada como zona sensível, o local da descarga insere-se no Sítio de Importância Comunitária das Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas (zona protegida designada para a proteção de habitats), motivo que determinou a opção por um nível de tratamento mais rigoroso, para manutenção do bom estado e proteção do meio hídrico que serve de suporte à fauna e flora da região (particularmente da lagoa de Mira).
De realçar que este tipo de tratamento é mais exigente do que o habitualmente instalado nas tradicionais ETAR. A AdCL tem no seu universo 65 ETAR, das quais nove (9) têm este tratamento terciário.