Comunicação

AdCL reforça saneamento em Mira e Cantanhede



A Águas do Centro Litoral (AdCL) concluiu, este mês de julho, a “Empreitada de aumento de capacidade de estações elevatórias no Intercetor Sul”, que reforça o saneamento nos municípios de Mira e Cantanhede. Esta obra vem aumentar a capacidade das estações elevatórias EECT4 (Cochadas - Cantanhede), EES1 (Mira), EES2 (Lagoa - Mira) e EES4 (Gafanha do Areão - Vagos), através da alteração dos grupos de bombagem e quadros elétricos, originando um aumento da capacidade de bombagem na ordem dos 15% a 20%.

Há cerca de um ano, a AdCL apresentou uma proposta para solucionar o problema de saneamento nos concelhos de Mira e Cantanhede, dando resposta à evolução de caudal que se tem vindo a registar nestes últimos anos. A solução apresentada surgiu de um Estudo Prévio, encomendado pela AdCL, que visa redimensionar o Sistema Multimunicipal de saneamento (rede em “alta”) e identificar opções para os sistemas municipais (rede em “baixa”).

Os dois Municípios (e ainda Vagos e Ílhavo) são servidos pelo Intercetor Sul da AdCL, construído pela ex-Simria na 1ª fase do anterior Sistema Municipal de Saneamento da Ria de Aveiro. Este Intercetor é responsável pelo transporte dos efluentes destes concelhos para a ETAR de Ílhavo, onde são tratados e posteriormente rejeitados no Oceano Atlântico.
Na sua origem, o dimensionamento deste Intercetor foi feito de forma conciliada com os Municípios servidos, pretendendo satisfazer as necessidades da população. Contudo, e fruto de razões diversas a que não são alheias as afluências indevidas nos sistemas e os níveis freáticos existentes, tem-se verificado nas épocas de maior pluviosidade que, em períodos de ponta, não há capacidade permanente de drenagem desses caudais, podendo ocorrer descargas pontuais de caudais no meio hídrico.

Nesse seguimento, e consciente da urgência de resolver este assunto, a Águas do Centro Litoral contratou à empresa Hidra, sob coordenação do Professor Saldanha Matos, um Estudo Prévio que propõe redimensionar o Sistema da AdCL, de forma a fazer face a estas situações.

A solução encontrada aponta para a separação do atual Sistema em “alta” em dois sistemas. O sistema a montante carece da construção de uma nova estação de tratamento de águas residuais (ETAR) com tratamento secundário, junto à fronteira entre os municípios de Mira e Cantanhede. Esta ETAR servirá integralmente as áreas já abrangidas do Município de Cantanhede mas também os lugares de Lentisqueira, Colmeal, Cavadas e Corujeira, pertencentes ao concelho de Mira.
Esta solução inclui também a reabilitação do sistema elevatório de Cochadas (EECT4), com a substituição dos grupos eletrobomba, e a construção de uma conduta elevatória com cerca de 4,2 km de extensão, para transportar as águas residuais da EECT4 até à nova ETAR.
O outro sistema, a jusante, inclui as restantes infraestruturas do atual Intercetor Sul que, na área em causa, têm vindo a servir Cantanhede, Mira, Vagos e Ílhavo, sendo que doravante continuariam a servir os mesmos Municípios exceto Cantanhede.

Até à construção e entrada em serviço da solução em estudo, a AdCL já implementou, através desta “Empreitada de aumento de capacidade de estações elevatórias no Intercetor Sul”, medidas que permitem minimizar os impactos de eventuais descargas no meio recetor. Este aumento da capacidade hidráulica das estações elevatórias permite mitigar os impactos do Intercetor Sul nos concelhos de Mira e Cantanhede.
A empreitada, que teve início no mês de abril, permite, a curto prazo, absorver um maior volume de afluente recolhido pelas redes municipais de Cantanhede, Mira e Vagos, reduzindo as descargas em períodos críticos de inverno.
Após implementação da nova ETAR de Cantanhede/ Mira que desviará os atuais volumes recolhidos em Cantanhede, a empreitada conferirá às estações elevatórias do Intercetor Sul a capacidade adequada aos volumes recolhidos em Mira e Vagos.

As entidades envolvidas estão conscientes do problema e, até à conclusão dos novos investimentos, será necessário continuar a desenvolver esforços conjuntos no sentido de minimizar eventuais impactes negativos para o ambiente e para as populações, designadamente reduzir ao máximo a descarga de excedentes.

As autarquias deverão também promover nas suas redes em “baixa” ações de identificação e redução de infiltrações de águas pluviais de modo a reduzir significativamente as afluências indevidas ao sistema multimunicipal da AdCL.

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